sábado, 1 de outubro de 2016

A PRODUÇÃO DE ARMAMENTOS NUCLEARES

Os estudos sobre a radioatividade trouxeram grande avanço para o conhecimento humano, avanço que contribuiu para a utilização desses fenômenos não só na vida cotidiana, mas também no desenvolvimento bélico. 

 A produção de armamentos nucleares teve origem na década de 30 quando os cientistas, Otto Hahn, Fritz Strassmann e Lise Meitner, estudando a produção de elementos mais pesados que o urânio, realizaram experimentos de bombardeio com nêutrons. 

 Fritz Straßmann, Lise Meinter and Otto Hahn (from the left).
Fritz Straßmann, Lise Meitner and Otto Hahn


 Esses cientistas não obtiveram êxito na obtenção de elementos com massa atômica superior ao urânio mas, por outro lado, conseguiram obter elementos de massa menor em um processo denominado fissão nuclear. Apesar da obtenção de elementos mais leves não ser o intuito, foi constatada a enorme quantidade de energia liberada no processo de fissão. Em uma simples comparação, a energia liberada na fissão de uma amostra de urânio-235 é um milhão de vezes superior à energia produzida pela mesma quantidade de petróleo. Esse fenômeno foi descoberto em uma época de extrema crise, a máquina de guerra da Alemanha nazista devastando a Europa e a perseguição aos judeus provocando um êxodo de cientistas da Alemanha, dentre eles Lise Meitner, Albert Einstein e muitos que iriam posteriormente colaborar para a fabricação da primeira bomba atômica. Quando o cientista dinamarquês Niels Bohr tomou ciência da descoberta da fissão do urânio pelos alemães, surgiu o temor entre os cientistas aliados do uso da energia obtida na fissão pelos nazistas. Assim, nos Estados Unidos, uma rede de cientistas começou a trabalhar naquela que seria a maior concentração de cientistas para trabalhar em um único só tema: o Projeto Manhattan.
  
 Em dois de dezembro de 1942 iniciou-se a "Era Atômica", com a operação do primeiro reator nuclear na Universidade de Chicago.


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Chicago Pile-1


 Chicago Pile-1 (CP-1) foi o primeiro reator nuclear artificial. O CP-1 foi construído em uma sala de jogos com raquetes, sob o estádio de futebol americano abandonado Alonzo Stagg na Universidade de Chicago. A primeira reação nuclear artificial auto-sustentada foi iniciada em 2 de dezembro de 1942, às 15h25min e terminada 28 minutos depois.


  Em seguida, em 16 de julho de 1945, foi realizado o primeiro teste com uma bomba atômica no deserto de Alamogordo (EUA). Em consequência do potencial destrutivo da bomba atômica, diversos cientistas desaconselharam seu uso. Indiferente a esse clamor pacifista, ainda em 1945, as explosões de duas bombas atômicas no Japão decretaram o término da Segunda Guerra Mundial. Em seis de agosto, 80.000 pessoas morreram em decorrência da explosão na cidade de Hiroxima e, em nove de agosto, outras 40.000 foram vítimas fatais em Nagasaqui.

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  Em um período posterior à Segunda Guerra Mundial, denominado Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética, que se tornaram as duas maiores potências da época, passaram a buscar a supremacia, travando embates em diferentes áreas, que foram desde competições esportivas até conquistas espaciais. Nessa disputa, o poderio militar era um item considerável e, obviamente, o aumento do arsenal nuclear era um ponto fundamental.   
   Em consequência, no início dos anos 50, americanos (1952) e soviéticos (1953) já testavam suas bombas de hidrogênio. Baseada na reação de fusão do hidrogênio com a formação de átomos de hélio, esse armamento demonstrou uma potência destruidora superior à bomba atômica.

 Com o final da Guerra Fria, as grandes potências passaram a negociar o
desarmamento e o fim dos testes nucleares.

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Líderes mundiais na 3ª Cúpula sobre Segurança Nuclear, realizada em março de 2014 em Haia, Holanda.



  Entretanto, no início do século XXI, a ameaça nuclear ainda existe nas concepções bélicas de um outro grupo de países, como Israel, Índia, Coréia do Norte e Paquistão. 





Att,  Allexandreyewisky